Oi meus lindos! Eu sei que demorei muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito, errrr... Mas eu voltei!!! Saibam que esse hiatus foi uma mistura de falta de inspiração, de tempo e de... nem sei de que mais. Só não tem dado, meus bens. Mas agora eu acho que me inspirei de novo. Minha mente já está querendo planejar todos os capítulos em diante - e está conseguindo. Então desde que eu tenha algum tempo por dia, é só uma questão de tempo até estar terminando EB. Maaas, isso será daqui a... 10? Menos? Bem, entre 5 e 10 capítulos, eu acho. Frise o "eu acho", porque ainda não está tão bem planejado quanto isso. Mas não desesperem, porque, por menos que seja, ainda muiiiiiiiiiiiita coisa vai acontecer, incluindo, claro, o ponto mais desejado e antecipado da fic (vulgo: agarração entre os principais!), entre outras coisas. Por agora, porém, tem esse capitulozinho daqui - capitulozinho não propriamente, porque bem... ele está grande. Contudo, também parado. Paradérrimo. PORÉM, também legal.
Bem... julgue por si mesmo. Boa leitura!
A time when we were so alive
Música do capítulo: Franklin
POV Josh
Levantei o cesto preguiçosamente
para junto do tapete rolante, colocando os itens em cima do mesmo. Um pacote de
rolos de papel higiénico, um frasco de ketchup e outro de sal de cozinha, seis
latas de atum em conserva, pasta de dentes. Ah, e um pacote de pastilhas
elásticas. Tudo o que estava na lista deixada pelo meu pai nessa mesma manhã, tirando
as pastilhas elásticas – essas foram um acréscimo meu.
O garoto de cabelo castanho de
tamanho médio (ligeiramente mais comprido do que estava o meu, antes de o
cortar na primeira semana que passei em Baltimore) por detrás da caixa parecia
ter a minha idade. Talvez até andasse na mesma escola que eu. Eu não sabia. Não
sabia nada sobre ninguém naquela cidade.
Ele mal dirigiu o olhar para mim.
Martelando o teclado à sua frente, ele debitou o preço total das compras numa
voz automática, desprovida de qualquer calor humano. Se alguma vez isso me
surpreendeu, agora só me cansava. Pensei que se tivesse que aguentar tudo
aquilo durante muito mais tempo, aquela voz robotizada e impessoal – que
parecia ser popular entre quase todos os habitantes da cidade – iria, com
certeza, deixar de ser motivo de cansaço e passar a ser motivo de mágoa.
Ressentimento, até.
Digamos apenas que, com cada novo
dia que eu passava em Baltimore, mais eu compreendia porque as pessoas nas
grandes cidades se sentiam tão sozinhas, ainda que estivessem rodeadas de
tantas outras pessoas. Era inacreditável o jeito como ninguém ligava para
ninguém e como você poderia morrer – morrer
verdadeiramente – e ninguém fazer a mais pequena ideia.
É, meus pensamentos andavam
alegres nos últimos tempos. E não, não era apenas por que eu era agora
regularmente obrigado, pela força das circunstâncias, a fazer compras, cozinhar
meu próprio almoço, lavar a louça ou até pôr adequadamente em funcionamento a
máquina de lavar roupa. Não é que eu estivesse habituado a tudo isso antes, mas
também não era completamente ignorante no que tocava à lida doméstica, e o que
eu já sabia era conhecimento suficiente para ir fazendo o necessário. Os erros
me ensinariam o resto.
Não, minha tendência recente para
uma ligeira depressão também não se devia a problemas na escola, e muito menos
problemas com meu pai. Minha nova escola de ensino médio – mesmo que
frequentada por alunos um pouco preconceituosos e patricinhos – não era má de
todo. Em termos estruturais, era bem melhor do que a de Franklin. Os
professores eram mais qualificados, mais vividos. A oferta de atividades
extracurriculares era infindável e certa de agradar a todos, incluindo pessoas integradas
em pequenas minorias – como era o caso do meu gosto por punk-rock.
Meu pai, por outro lado, estava
sendo o mais agradável comigo que já fora nos meus 17 anos de existência – não
obstante eu só o ver cerca de 4 ou 5 horas por dia. Nossas conversas eram
animadas e descontraídas, e os fins de semana que tínhamos um com o outro eram
passados em caminhadas pelo Patterson Park ou assistindo partidas de basebol ou
futebol americano no canal de esportes.
Então, o que me estava deprimindo?
Eu estava vivendo minha decisão, não era? Essa vida, fora eu que escolhera – e
o mais, eu me sentira bem ao fazê-lo. Me sentira como se me estivesse
libertando de algo, desintoxicando de algo. Mas não era mais assim. Poucas
semanas nessa cidade e todos os meus julgamentos tinham sido virados de cabeça
para baixo. O que eu achava estar correto até aí estava-se mostrando errado e,
consequentemente, minhas decisões estavam tendo consequências que eu não
antecipara.
Claro que tudo isso também se
poderia dever à minha última visita a Franklin. Faziam exatas duas semanas que eu
regressara pela segunda vez à minha cidade natal e, apesar de ser a primeira em
que eu convivera com meus antigos amigos, eu não pude evitar esquecer de tudo o
que tem acontecido ao longo desse ano e simplesmente conviver com eles, num
ambiente de honestidade que não partilhávamos há muito tempo. E por quê tudo
isso agora?, você pergunta. Bem, porque a vida por vezes nos mostra que certos
problemas não são tão graves assim – nem que para isso nos tenha de colocar
perante desafios ainda maiores.
Assim, foi há exatas duas semanas
que ocorreu o funeral do Sr. Bayley, o avô de Sarah. Como você deve entender,
eu debati-me bastante com a questão de comparecer ou não. Porém, eu estava
muito mais preocupado com o que achariam da minha presença do que com minha
própria vontade. Afinal, eu tinha noção do que tinha acontecido: não se tratava
da morte de alguém muito velho e distante (e isso já teria sido doloroso o
suficiente), mas sim de um segundo pai para Sarah. Para ser sincero, eu nem
tive que pensar duas vezes para decidir se queria ir. Agora, para decidir se deveria ir… essa é outra história – a
qual envolveu pedir opiniões de quase todos os meus irmãos e até do meu pai.
Depois de muita indecisão, resolvi que teria de, pelo menos, prestar minhas
condolências. Com base nisso, avaliaria as reações. Se elas fossem negativas,
eu simplesmente me manteria afastado. Mas estaria lá. Isso era o que importava.
Em retrospetiva, as coisas tinham
corrido… bem diferentes do que eu esperava. Eu nunca teria antecipado que me
sentiria tão mal por ver Sarah naquele estado e, muito menos, que ela me
abraçaria assim que me visse. Mas foi isso o que ela fez – para a surpresa de
todos, não tenho dúvida. Eu apenas me aproximei, sentindo-me um pouco engasgado
pelo nervosismo, e ela lançou os braços ao meu redor, provocando um baque
enorme no meu estômago. Nunca me senti tão bem e tão mal ao mesmo tempo na
minha vida.
Isso preparou um terreno ameno
para o resto do dia. O resto do grupo me tratou não friamente, como eu
esperava, mas quase como se eu nunca os tivesse abandonado. E eu não pude
evitar fazer o mesmo. A verdade é que, ali, nós não éramos estranhos. A dor e a
necessidade tinham destruído nossas muralhas cuidadosamente construídas,
exigindo que nos apoiassemos uns nos outros.
Claro que não posso esperar que
as coisas sejam sempre assim. Se voltasse hoje para Franklin, tenho a certeza
que a reação não seria a mesma. Talvez não tão fria e distante como eu antes
esperara, mas com certeza ainda magoada. Porém, aquele momento há duas semanas
provou-me algo que eu questionava: poderia a minha amizade com todos voltar ao
normal? Até então, eu pensara que isso era impossível – estávamos todos
demasiado machucados e a confiança havia se quebrado.
Contudo, vendo como fomos capazes
de ultrapassar tudo isso apenas porque necessitávamos uns dos outros, eu
confirmei que sempre estivera errado. Eu e eles construímos uma amizade muito
mais forte do que eu imaginava, e eu fui idiota em pensar o contrário. Em agir pensando o contrário. E, ao
entender isso, a sensação de bem e mal estar simultâneo regressa: é bom saber
que há sim espaço a consertar os problemas nessa amizade, porém me custa a
ultrapassar os erros que cometi.
Parado naquela rua fria, rodando a
chave na porta do prédio, eu entendi que a verdade era simples: eu precisava dos meus antigos amigos. E
dessa vez, não era devido à morte de ninguém, mas sim porque meus erros e
minhas decisões estavam me afogando numa solidão que só me fazia mal. O que eu
procurara ao me mudar de início para Baltimore era uma utopia, e eu estava descobrindo
isso da pior maneira.
No fundo, tudo o que eu sentia
era saudades de casa.
Suspirei ao sair do elevador, em
direção à porta do pequeno apartamento – que eu sabia que jamais consideraria
um lar. Recordações de Franklin martelavam na minha cabeça, pedindo, exigindo ser extravasadas de algum jeito
– e eu conhecia um único jeito.
POV Jane
Tateei a porta às cegas em busca
da maçaneta, fechando-a de seguida. Logo senti meu corpo ser levemente
empurrado, minhas costas embatendo na madeira. Até isso sabia bem.
As mãos de Jeremy apertavam a
minha cintura com vontade, ora empurrando-me um pouco contra a porta, ora
puxando-me mais para ele. “Ele está indeciso”, pensei, achando isso
incrivelmente fofo e colocando ainda mais paixão no beijo. Em tempos, talvez eu
tivesse achado a exata mesma situação um sinal de fraqueza e largado o garoto
na hora. Mas, enquanto a curta barba descuidada dele picava o meu rosto, eu percebi
que não conseguia sequer me imaginar fazendo isso. Eu estava gostando demais.
E talvez fosse essa a razão pela
qual minhas mãos se passeavam facilmente por seu peito, demorando-se mais aqui
e ali, quando nosso beijo urgente exigia minha total atenção. A verdade é que
eu não só estava gostando demais desse momento: eu já tinha gostado demais de
momentos parecidos na segunda, na terça, na quarta… Hmm, bem, você entendeu.
Isso se estava tornando num vício diário. Eu sempre passava por casa de Jeremy
de tarde – onde ambos sabíamos que não estaria ninguém – e, por vezes,
acabávamos por “desaparecer” também durante os intervalos. Tudo completamente
inocente, claro.
Se bem que, se fosse para ser
completamente sincera, isso se estava tornando mais num vício constante do que
diário. Do género, a todo o segundo.
Pronto, pronto!, talvez não a todo o
segundo, mas eu me pegava revivendo sensações como os lábios dele no meu
pescoço, ou as minhas mãos na sua nuca, ou a barba mal feita dele fazendo meu
queixo picar. E isso acontecia durante as situações mais insuspeitas: filmes de
terror, almoços com minha mãe, aulas de Matemática… Como se minha mente
simplesmente se tivesse desocupado tempo suficiente para divagar para um local
bom. E, meu Deus, como esse local era bom!
Mas isso também me preocupava. Quer
dizer, eu sou Jane. Louca. Divertida.
Independente. Eu não estava
acostumada a ter minha cabeça preenchida com imagens de garotos! Bem, com
imagens de um único garoto, quero
dizer. Era território estranho – inimigo, até. E incrivelmente perigoso.
Esses pensamentos iam-se
formulando – não necessariamente nessa ordem e certamente não com essa clareza – enquanto nossas línguas se
entrelaçavam e Jeremy finalmente se decidia a me pressionar contra a porta. Com o próprio corpo. Você pode imaginar
como, a partir daí, eu não pensei mais em territórios estranhos ou perigosos.
Aliás, a sensação de perigo não estava nem
perto de me desencorajar. Meus dedos, já completamente inconscientes,
desceram até suas ancas, procurando a bainha da camisa. Jeremy mostrou seu
agrado pressionando-me mais contra ele e acabando, sem querer, por exibir a
definição de seus músculos. Isso me provocou mais ainda e deslizei, por fim, as
mãos para dentro da sua camisa, obtendo uma demonstração mais clara da sensação
desses mesmos músculos. O toque da pele dele era incrível – não apenas gostoso,
mas realmente indescritível. Estendi
as palmas contra o seu peito, pensando já em começar a puxar a camisa para
cima.
E foi então que a campainha soou.
Separamo-nos instintivamente, a
realidade afundando nas nossas mentes enevoadas aos poucos. Inspirei
profundamente, olhando-o nos olhos à fraca luz que entrava naquela sala de
arrumações por uma pequena clarabóia.
- Eu saio primeiro, dê um
tempinho antes de me seguir. Use-o para se acalmar – pisquei antes de me virar
para abrir a porta e sair, não sem deixar um último beijo rápido nos lábios de
Jeremy – que tinha acabado de me revirar os olhos, porém aceitou o beijo de bom
grado.
Caminhei quase convencidamente
pelo corredor em direção à minha sala, a mochila já ao ombro, os ténis ecoando
um pouco no ritmo do meu passo seguro. Eu me sentia bem. Muito bem. E o melhor era que me sentia assim sempre que estava com
Jeremy. Eu gostava disso.
E, por isso mesmo, estava longe
de achar que isso se tornaria um problema.
POV Josh
Deixei o último acorde da
progressão soar, sentindo as ideias fluirem livremente e novas melodias
surgirem de repente. Resolvi experimentar algo um pouco diferente e compor já
um segmento final do que seria a minha mais recente música. Meus dedos
começaram a dedilhar agilmente as cordas da guitarra no ritmo da melodia que
construíra. O que eu necessitava agora era de uma letra que encaixasse com o
pouco que já tinha. Algo que fosse mais forte. Mas o quê?
Sentia sempre falta de Hayley
quando fazia isso. Ela era incrível a compor, sobretudo na questão da letra.
Conseguia colocar um sentimento por palavras de uma forma que mais ninguém no
mundo jamais conseguiria. Quando compunhamos algo e ela surgia com uma frase
brilhante, eu costumava murmurar “poeta nata” bem baixinho para ela. Ela sempre
me olhava e ambos sorríamos durante alguns momentos. Juro que, nesses segundos,
o mundo parava.
Me apoiei no que esses
pensamentos me faziam sentir e, ainda dedilhando calmamente, deixei que minha
voz soasse quietamente pela sala vazia.
Taking up my time
Taking up my time
Taking up my time
Taking up my time
Taking up my time
(Tomando o meu tempo)
It's taking up my time I can't
go back, I can't go back at all
It's taking up my time I can't
go back, I can't go back at all
It's taking up my time I can't
go back, I can't go back at all
(Está tomando o meu
tempo não posso
voltar atrás, não
posso voltar atrás de todo)
It's taking up my time, taking up my time
(Está tomando o meu
tempo, tomando o meu tempo)
Por entre a emoção desenfreada que a música sempre me garantia, acabei
por me deixar levar e conseguir improvisar um solo que ficaria perfeito para
tornar a música menos melancólica e um pouco mais rock. Apressei-me a anotar a tablatura e a letra no pequeno caderno
repleto de folhas rabiscadas, deixando claro que essa pequena porção de música
seria um último pós-refrão.
Ótimo. Agora eu só precisava do resto da música.
Ainda pensava em Hayley e todas as horas que passamos a compor, mas
também me estava recordando da banda, dos ensaios, dos momentos de amizade
pura. Sentia falta disso. De não me sentir sozinho. Aliás, mais do que isso: eu
sentia falta de como me sentia vivo
nesses tempos. Mas era impossível
recuperar o passado.
Could you remind me of a time when I was so
alive?
(Everything has changed)
Do you remember that? Do you remember that?
(Everything has changed)
(Everything has changed)
Do you remember that? Do you remember that?
(Everything has changed)
(Poderia me lembrar de
tempos em que senti tão vivo?
(Tudo mudou)
Você se lembra disso?
Você se lembra disso?)
(Tudo mudou)
Could you help me push aside all that I have left behind?
(Everything has changed)
Do you remember that? Do you remember that?
(Poderia me ajudar a
deixar de lado tudo o que deixei para trás?
(Tudo mudou)
Você se lembra disso?
Você se lembra disso?)
Tentei afogar tudo o que sentia tocando e cantando energicamente,
concebendo, entretanto, uma segunda voz. Repeti o refrão de seguida, desta vez
cantando essa outra melodia. E tudo estava ajudando a atenuar a dor, como
sempre fazia – até que eu me apercebi que, subconscientemente, estava tomando
como garantido que Hayley cantaria uma das vozes.
Os soluços impediram-me de continuar a cantar.
Depois de me acalmar um pouco, uma torrente de coisas a dizer e
sentimentos até então reprimidos fez com que minha mão deslizasse, ágil, por
aquela página do caderno, riscando e rabiscando, compondo uma das letras mais
sinceras que eu já havia escrito.
Inspirei fortemente, sentindo o ar frio curar um pouco do meu cansaço
à medida que o libertava dos meus pulmões. Reli o resultado mais algumas vezes,
fazendo alguns ajustes aqui e ali, e alinhavando já os acordes, assim como as
partes em que iria dedilhar ou não. Quando me senti satisfeito, deixei o lápis
cair para o sofá, enquanto me levantava e colocava o caderno na estante diante
do suporte onde tinha deixado a guitarra. Eu estava pronto.
Respirei mais algumas vezes, organizando a música na minha cabeça. E
então, comecei a tocar a introdução.
(N/A: dê play)
When I get home, I know I won't be home at all
This place I live, it is not where I belong
And I miss who I was in the town that I could call my own
Going back to get away after everything has changed
This place I live, it is not where I belong
And I miss who I was in the town that I could call my own
Going back to get away after everything has changed
(Quando chegar a casa,
eu sei que não estarei em casa de todo
Este lugar onde vivo,
não é onde pertenço
E sinto falta de quem
era na cidade que podia chamar de minha
Voltando para poder fugir depois de tudo ter
mudado)
Could you remind me of a time when I was so alive
(Everything has changed)
Do you remember that? Do you remember that?
(Everything has changed)
Could you help me push aside all that I have left behind
(Everything has changed)
Do you remember that? Do you remember that?
So I stand here now and no one knows me at all
I won't get used to this
I won't get used to being gone
And going back won't feel the same if I’m not staying
Going back to get away after everything has changed
Could you remind me of a time when I was so alive
(Everything has changed)
Do you remember that? Do you remember that?
(Everything has changed)
Could you help me push aside all that I have left behind
(Everything has changed)
Do you remember that? Do you remember that?
So I stand here now and no one knows me at all
I won't get used to this
I won't get used to being gone
And going back won't feel the same if I’m not staying
Going back to get away after everything has changed
(Então aqui estou e
ninguém me conhece de todo
Não me habituarei a
isso
Não me habituarei a
estar longe
E regressar não me
parecerá o mesmo se não for para ficar
Voltando para fugir depois de tudo ter mudado)
Could you remind me of a time when I was so alive
(Everything has changed)
Do you remember that? Do you remember that?
(Everything has changed)
'Could you help me push aside all that I have left behind
(Everything has changed)
Do you remember that? Do you remember that?
Taking up my time
Taking up my time
Taking up mu time
It's taking up my time I can't
go back, I can't go back at all
It's taking up my time I can't
go back, I can't go back at all
It's taking up my time I can't
go back, I can't go back at all
It's taking up my time, taking up my time
Could you remind me of a time when I was so alive
Do you remember that? Do you remember that?
Could you remind me of a time when I was so alive
(Everything has changed)
Do you remember that? Do you remember that?
(Everything has changed)
'Could you help me push aside all that I have left behind
(Everything has changed)
Do you remember that? Do you remember that?
Taking up my time
Taking up my time
Taking up mu time
It's taking up my time I can't
go back, I can't go back at all
It's taking up my time I can't
go back, I can't go back at all
It's taking up my time I can't
go back, I can't go back at all
It's taking up my time, taking up my time
Could you remind me of a time when I was so alive
Do you remember that? Do you remember that?
Respirei fundo, escutando ainda o último acorde da música que eu
chamaria “Franklin” soar. Já não sentia vontade de chorar. Porque, enquanto
meus dedos se ocupavam em acertar as notas, e minha boca em cantar as letras
corretas, algo se tornou claro para mim.
Eu ainda poderia consertar isso. E era exatamente isso o que eu iria
fazer.
POV Jane
- Jeremy.
- Desculpa, Jane, mas sério. Você é muito melhor do que isso!
Fuzilei Jeremy com olhar. Não literalmente, claro, para meu grande
desagrado. Mas acredite que, se por um acaso feliz, uma espingarda se
encontrasse por aí, eu o teria feito. Irritar Jane Streep nunca é uma boa
ideia.
- Claro que sou, Jeremy, mas nem todos os garotos têm dinheiro para
diamantes e champanhe caro numa limusine de luxo.
- Jane. Para de ironizar. Isso foi no-jen-to
– ele se referia à tentativa de Karl Dempsey, do 2º ano, de me cantar – a qual,
considerando os músculos de Karl ganhados por intensos treinos de pólo
aquático, eu jamais classificaria
como “nojenta”.
- Eu só estou ironizando porque você está sendo idiota, Jeremy. Senão
mesmo no-jen-to – ele pegou a minha
tática de fuzilar as pessoas com o olhar e usou-a contra mim. O infeliz.
- Sabe que mais, Jane? Se você quer cair na cantada fácil de um garoto
que já pegou mais de metade da escola, esteja à vontade.
- Obrigada! – sorri, por fim aliviada por aquela discussão terminar.
Mas o revirar de olhos de Jeremy me deu a entender de seguida que: a) essa não
era a resposta que ele queria; b) isso não estava nem perto de terminar.
- Não, Jane! Você não vai cair na cantada fácil de um garoto que já pegou
mais de metade da escola!
E foi essa clara teimosia em largar o assunto que me fez entender o
que se estava se passando: Jeremy estava com ciúmes. Suspirei, sentindo a
paciência simplesmente desaparecer. Como eu iria lidar com isso agora?
Decidi virar-me para encará-lo, parando na sua frente e, por isso,
impedindo-o de continuar a caminhar. Então, fitei-o intensamente.
- E quem é você para dizer o que eu posso ou não fazer?
- Sou seu – ergui ambas as sobrancelhas, desafiando-o a continuar. Ele
suspirou – amigo. E me preocupo com
você.
- Uau, estou super agradecida. Mas caso não tenha reparado, eu consigo
tomar conta de mim mesma. Fique fora disso, Davis.
E virei as costas a Jeremy, sabendo que tinha sido demasiado dura com
ele. Mas, oras, nós tínhamos um acordo! Só havia três regras – três! – e ele já tinha conseguido
quebrar uma delas. Eu tinha explicado explicitamente: nada de ciúme. Isso é o
fim de qualquer amizade colorida. E o que Jeremy estava fazendo? Discutindo
comigo por causa de outro garoto, quando podíamos simplesmente ter desaparecido
para uma sala de arrumações e ter passado o intervalo de forma bem mais
proveitosa.
Isso não quer dizer que eu estava disposta a me jogar para os braços
de qualquer um – muito menos de Karl Dempsey. Ele podia ser gostoso e tudo o
mais, mas era demasiado popular para mim. Eu não estava com vontade de ser
falada por toda a escola e, além disso, tinha uma política há muito
estabelecida de ser discreta com os meus rolos. Mas o ponto essencial é que
Jeremy não tinha nada a ver com isso! A única razão pela qual eu tinha sequer
aceitado ter alguma coisa com ele era por me ter convencido que ele não
interferiria em nada da minha vida. Eu não suportava isso. Já tinha decidido há
muito que homem nenhum mandaria em mim. E eu não estava prestes a deixar que
Jeremy achasse que o podia fazer.
O outro problema era que eu já não tinha a certeza se só uma regra
tinha sido quebrada ali. O que aqueles ciúmes significavam? Que Jeremy se
preocupava comigo apenas como amigo? Eu começava a duvidar disso. E se Jeremy
também se lembrasse de nossos momentos do nada? E se essas memórias lhe dessem
vontade de sorrir sem razão? E se – oh Deus – ele sentisse aquele friozinho na
barriga sempre que me visse?!
Eu simplesmente não poderia aceitar isso! Não, não e não! Garoto algum
sentiria isso por mim enquanto eu pudesse impedir! Porque isso depois fazia-os
ter ciúmes ou esperar certas coisas de você e eu não poderia lidar com isso.
Sobretudo, sendo Jeremy o garoto em questão. Ele era um amigo importante para
mim e eu não queria perdê-lo apenas devido a caprichos de hormônios
adolescentes. Isso era inaceitável!
Assim, passei todo o dia evitando-o e debatendo-me à procura de uma
solução que pudesse corrigir tudo isso e devolver-me o meu (quase) melhor
amigo. Ainda estava pensando nisso quando cheguei a casa depois da escola e
ignorei as ligações perdidas (todas de Jeremy, claro). Ainda estava pensando
nisso quando fui para o ensaio da banda. Ainda estava pensando nisso quando regressei do ensaio da banda – tendo
passado todas essas horas a tentar ter o mínimo contato possível com Jeremy. Ainda
estava pensando quando terminei todas as tarefas da escola e liguei a televisão
para me estender no sofá, sem saber o que mais fazer. Ainda estava pensando
nisso quando me fui deitar.
E ainda estava pensando nisso quando o relógio marcou as três horas e
eu não conseguia adormecer.
Decidi ligar a alguém para desabafar, mas meu problema era: a quem?
Obviamente, eu tinha apenas três opções – isto é, se queria ter uma conversa
minimamente produtiva. Falar com garotos sobre esses assuntos já é uma tortura
durante o dia, quanto mais a meio do seu sono de beleza. Não, eu precisava de
uma garota. E, tanto quanto sabia, isso me deixava com três opções: Lisa, Sarah
e Hayley. Só que havia uma outra questão: Lisa e Sarah estavam todas
apaixonadas e melosas e amando a teoria “o-amor-é-tudo-de-bom”. Elas jamais conseguiriam ser imparciais.
Hayley, por outro lado – e muito infelizmente –, sabia o que era sofrer por
amor. Ela ainda estava lidando com as consequências disso. E, por isso mesmo,
ela saberia ser realista.
Convenci-me disso enquanto selecionava o contato dela na agenda do
celular e premia o botão para ligar. Decidi rapidamente que precisava ser
direta. Hayley podia não ser um garoto, mas acordá-la de madrugada para falar
sobre sentimentos não me parecia uma boa estratégia para alguém que quer manter
a sua vida intata.
- Hmm… - depois de tocar durante uma eternidade, Hayley finalmente
atendeu a ligação. Isto é, se eu posso chamar a esse jeito de atender dar sinal
de vida. O que talvez não possa.
- Hayley?!
- Hum, quem fala?
- Hey, é Jane.
- Jane, o que você—TRÊS DA MANHÃ? TRÊS HORAS DA MANHÃ?! QUEM VOCÊ
PENSA QUE É?!
Inspirei fundo enquanto escutava Hayley surtar. Porém, eu sabia o
risco que corria quando iniciei a ligação. Decidi ser forte e continuar em
frente.
- Desculpa, Hayles. É que estou com um problema...
Pensei que ela não me tivesse escutado, mas um suspiro resignado da
parte dela me provou o contrário.
- Um problema? E ele não podia esperar até de manhã?
- Não, porque senão eu não ia conseguir dormir.
- Jane, você tem noção do quão irônico isso foi? – suspirei de volta,
me sentindo um pouco culpada. Mas não pense que eu desistiria tão facilmente.
Nem mesmo sendo três horas da manhã.
- Desculpa, mas eu não poderia ligar a mais ninguém. Sarah e Lisa iam
ser péssimas conselheiras, já que estão infetadas pelo vírus do amor. Blerghhh.
Pensei que você, pelo menos, poderia ser um pouco mais realista.
- Hm. Ok. Então o problema é com Jeremy, né? – deixei meu queixo cair.
Como assim, ela sabia?! Digamos adeus a todas
as regras da amizade colorida, porque não? Meu Deus.
- Como você descobriu?! É assim tão óbvio?
- Oh, querida. A tensão sexual entre vocês é tão sutil quanto a Grande
Muralha da China.
- Hmm… - respondi, já não sabendo se agradada ou desagradada. – Mas
então parece-lhe só desejo mesmo? Pura atração física? Nada sentimental à
mistura?
- Oooohhh, essa ligação acabou de ficar interessante! Jane, a garota
mais independente e emancipada que eu conhelo está gostando de alguém? Oh meu
Deus, chamem um médico!
- Cala a boca!
- OH DEUS, VOCÊ ESTÁ MESMO!
- PARE! Estou a falar a sério, Hayley Nichole! Pare com isso ou eu
desligo na tua cara.
- Desligue, eu nem me importava nada de voltar a dorm—
- Mas, para ser sincera – continuei, como se nada se estivesse
passando –, o meu problema é justamente esse. Eu… eu acho que estou gostando
mais do Jeremy do que deveria. Tudo bem que combinamos agarrarmo-nos de vez em
quando… Mas se eu gostar realmente dele, não posso fazer mais isso!
Até eu senti a birra infantil crescendo na minha voz. Mas fazer o quê?
O desespero me tomava cada vez mais.
- Porque não? Jane, você é doida. Sabe que o normal é ter o problema
contrário, não é? Você já conseguiu conquistar o garoto, qual é o mal de gostar
dele? – ela não estava entendendo a gravidade da situação.
- É que assim, eu vou ter de namorar com ele. E eu não quero isso.
- Porque não? – a confusão na voz dela era óbvia. Suspirei.
- Os compromissos são coisas que só funcionam entre certas pessoas. E
eu já aceitei há muito que não sou uma delas. Para quê submeter-me à tortura,
quando posso simplesmente ter a diversão? Não faz sentido.
- Parece-me que alguém tem fobia de compromisso…
Eu não tinha certeza se não seria do sono, mas eu estava sentindo a
pontada da irritação surgir. Decidi ignorar.
- Não é fobia! É uma aceitação pacífica da realidade. As coisas são
como são, para quê tentar contrariá-las e sofrer?
- Oh, Jane… - a voz dela soou com algo que parecia muito com pena. Mas
como era Hayley em questão, decidi não desligar na hora e esperar para ver o
que ela tinha a acrescenta . – Escuta o conselho de uma pessoa que esteve muito
perto de tudo e o perdeu: é muito importante aproveitar as oportunidades
enquanto você as tem. Porque, se você não fizer nada, um dia o que você tomava
por certo vai desaparecer e, aí sim, você vai sofrer. Todos nós sentimos paixão
e amor, não vale a pena fingir que não. E todos vamos sofrer por isso, mais
tarde ou mais cedo. Mas mais vale sofrer por algo que você fez que por algo ao
qual nem sequer deu chance.
- Hmm… eu entendo. Obrigada pelos conselhos, Hayles. Desculpa te ter
acordado – fui falando, querendo terminar a conversa e processar um pouco o que
Hayley tinha dito.
- Tudo bem. Só pensa nisso.
- Irei pensar sim. Boa noite, Hayles.
- Boa noite.
Desliguei a ligação, com um único pensamento em mente: eu estava
errada. Eu estava redondamente errada.
Hayley também não entendia.
ameeeei o capítulo,só duas coisas:
ResponderEliminar-JANE NAMORE LOGO COM O JEREMY
-JOSH VOLTE LOGO E AGARRE A HAYLEY LOUCAMENTE
HSUHAUSHUA
enfim,eu sou a anônima do outro capitulo,mas se quiser me chamar de Vitória tudo bem kkkkk
enfim,espero que poste logo os próximos capítulos
beijos <3
Oi Vitória! Que bom que gostou :333
EliminarDIMGPOSIMGPOFSMGPOSGPSOIMGSFPOIMGPOFSIMG Veremos o que acontecerá HEHEHEHEHEHE
Quero sim te chamar de Vitória, oi Vitória (again) POSIDMPOSIGM
Não sei se eles sairão logo logo, mas eu vou tentar escrevê-los assim que puder ^^
Beijos, linda, muito obrigada!!!
CHEGUEI NOS COMETÁRIOS DA EB! ~pose ninja para a foto~
ResponderEliminarOI SOFSSSS! (Sou eu, Giovanna. XD)
Gente, eu já expressei todo meu amor pela EB em si no chat há uns cinco minutos atrás, então...
É. EU VOU DIZER QUE É LINDA, PERFEITA E AMOR NOVAMENTE!!!!!
ESTOU APAIXONADA PELA EB (E por esse Taylor XD)
Enfim...See ya, amore
Luv ya <3
GI, SUA NINJAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA <3 Soube que era você pela pose ninja hehehehe <3
EliminarSUA FOFAAAAAAAAAAAAAAAAAA, que bom que tá gostando <3 Apaixonads por vc, mesmo <3 <3 <3
Eu quero esse Taylor pra mim tb ~~morre de chorar pq ele é fictício e inalcançável~~
I love you baby, THANK YOUUUU <3
Oiiii Sofs sua gata! Eu amei esse cap e... Ai como essa fic é apaixonate S2 pra ela! E tadinho do Josh, cara, todo tristinho e solitario, acho q vou la fazer companhia pra ele uahsuahsuah
ResponderEliminarenfim, espero att logo!
Bjss sua linda <3
Oi Ren linda!!! ^^ Nhaawwww, obrigada!!! Isso me faz sentir mega orgulhosa e feliz, muito obrigada mesmo! POSIDFPSOIDGSIPOFN Fazer companhia ao Josh: um "sacrifício" que nenhuma de nós se importaria de fazer ;)))
EliminarObrigadíssima pelo comment, baby ^^ Beijão <3